Quem muito se ausenta um dia deixa de fazer falta?

Quem muito se ausenta um dia deixa de fazer falta. Já ouvi isto mais vezes do que queria, e até já estive quase para aceitar a veraci...

Quem muito se ausenta um dia deixa de fazer falta.
Já ouvi isto mais vezes do que queria, e até já estive quase para aceitar a veracidade disto. Mas, para mim, não há qualquer veracidade. Quem muito se ausenta um dia deixa de fazer falta? Não, não é bem assim… para mim não é. Se fosse assim tão fácil, não haveria pessoas que já não fazem parte da nossa vida e que, no entanto, nos fazem falta... e sentimos falta delas muitas e muitas vezes! Mas alguém é capaz de esquecer a pessoa que nos fez sentir tão especial, como mais ninguém conseguiu fazer? Mas alguém consegue esquecer aquela pessoa que nos marcou de uma forma incrível? Mas alguém consegue esquecer as pessoas que nos fizeram crescer, que fizeram de nós as pessoas que somos hoje, que nos fizeram sentir as pessoas mais sortudas e felizes do mundo? Não acredito que consigamos. Nem a pessoa com um cubo de gelo no lugar do coração consegue. Não esquecemos e até podemos ter aceite que a tal pessoa já não faça parte da nossa vida, mas a verdade é que, pelo menos de vez em quando, vamos querer que volte… vamos sentir falta!
Eu vou ao cemitério várias e várias vezes, e vou visitar sempre o meu irmão! E ele já não faz parte da minha vida há uns anos! Ausentou-se, foi-se embora! E é por isso que deixou de fazer falta? Não, não é assim que funciona – para mim não é. E eu recuso-me a acreditar que haja qualquer tipo de sentido nesta frase… independentemente do que a pessoa tenha sido para nós: familiar, amiga(o), namorado(a); e seja ela qual for a razão que nos afastou.

22 comentários

  1. Não deixa de fazer falta. Nunca. Isso é daquelas filosofias que so servem para iludir. Nos é que acabamos por nos habituar à ausência, não é por isso que deixa de doer, não é por isso que deixam de fazer falta.

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  2. Concordo contigo. Há pessoas com quem não falo tão regularmente quanto falava há alguns anos, mas se me cruzar com elas é como se não tivesse passado um único dia :) Acho que isso é daquelas coisas que depende muito da pessoa e do tipo de ligação que tinham uma com a outra.

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  3. Depende muito das pessoas. É claro que não nos esquecemos das pessoas, mas elas podem mesmo deixar de fazer falta. Faz parte da vida. Mudámos, as pessoas mudam, os gostos alteram-se e os assuntos em comum podem acabar. Não quer dizer que não nos esquecemos delas, mas também não quer dizer que não consigamos viver sem elas. Ou que vamos sentir sempre falta. Ou que nos vamos sentir sempre tristes. A vida muda, as pessoas vão-se.
    Não podemos comparar a dor que sentes em relação ao teu irmão, com, por exemplo, a dor de perder um amigo que nos foi especial. São situações complemanente diferentes e enquanto que para perder um amigo há razões, perder alguém da forma como perdeste o teu irmão é sempre... injusto. Será sempre um sentimento diferente :)

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  4. Eu concordo plenamente contigo querida. Há pessoas que por mais tempo que passe, continuam a fazer falta na nossa vida.

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  5. R: Eu também percebo perfeitamente o que queres dizer. E concordo, quando é alguém mesmo especial vamos sentir falta. Passei pelo mesmo com uma amizade. Tinha um amigo que era mais do que um irmão e ainda hoje, por vezes, penso nele. Mas já não falamos há uns bons 7 anos. Acho que o tempo acaba por levar isso, pelo menos eu espero que leve, porque ainda fico triste com o fim da amizade.

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  6. Concordo com o que escreveste, acho que por estar ausente não deixa de fazer falta, é uma parvoíce!

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  7. Concordo bastante contigo , e não concordo com essa frase. A saudade vai sempre permanecer , independentemente da pessoa ter partido ou não

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  8. a pessoa pode ter-se ido embora mas vai sempre fazer-nos falta. Podemos habituarmo-nos mas não esquecemos

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  9. Concordo. Podemos aceitar ao fim de um tempo que já não faça parte da nossa vida, mas isso não significa que nos vamos esquecer da pessoa. Até porque não o devemos fazer. É importante lembrar-mo-nos porque a sua presença tendo resultado em acontecimentos positivos ou negativos fez parte da nossa vida e de alguma forma mudou-a e mudou-nos e isso é sempre importante. Já agora ganhaste uma nova seguidora!
    Blog: As Confissões da Andreia

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  10. Também acreditava na veracidade dessa frase até começar a questioná-la. De facto, nem sempre é assim.

    r: Pois são, apetecia-me comprá-los todos *.*

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  11. Eu acho que o sentido dessa frase se refere a pessoas que, deliberadamente, se ausentaram da tua vida. Isto é, acho que não se refere ou adequa sequer a pessoas que tenham sido obrigadas a ausentar-se (como no caso do teu irmão).

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  12. R: Acredita que é mesmo :)
    Ainda mais que a médica ontem disse à minha mãe que quando fizer o próximo já não precisa mais de fazer tratamento, depois só as consultas periódicas para ver se não voltou :)

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  13. novidade no meu cantinho, passa por lá :)

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  14. Não deixam de fazer falta...O tempo apenas atenua.

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  15. Acho que tudo depende da razão da ausência. Quando perdemos alguém por uma questão de morte é normal que nunca deixemos de sentir falta. Principalmente se a pessoa era importante para nós.
    Agora quando a ausência é de alguém que ainda está bem vivo e que nos desiludiu então aí tenho que concordar que um dia deixará de fazer falta. Já me aconteceu isso com algumas pessoas. Olho para trás e até posso ter saudades do que vivemos mas não sinto a sua falta na minha vida!

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  16. Em parte concordo contigo, mas noutra parte não...

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  17. Nunca tinha pensado dessa maneira. Acho que tens razão, não deixamos de sentir falta, mas vamos aprendendo a viver sem essa pessoa nas nossas vidas, vamos aceitando isso.

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  18. R : Muito obrigada querida, hoje quando a médica me deu a certeza do que tinha, caiu-me tudo, mas depois percebi que tenho que ir à luta e vou ser mais teimosa que isto :)

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  19. É uma questão delicada porque a frase pode ser interpretada de diversas maneiras. Quando as pessoas se ausentam muito de forma voluntária podem sim deixar de fazer falta porque aprendemos a viver sem elas e deixa de custar. Agora se a questão for uma obrigação como viver noutro país, ocupações ou morte aí é outra história porque continuamos a sentir falta delas (:

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  20. Eu acredito nisto. Mas não aplico a todas as situações. Aplicar esta frase a pessoas que morreram é um pouco parvo porque não escolheram desaparecer.
    Agora pessoas que podiam fazer parte da nossa vida e optaram por sair e nunca mais falar connosco e assim, essas acabam por não fazer falta.

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