No inĂ­cio do meu primeiro ano universitĂ¡rio conheci pessoas fantĂ¡sticas. Pessoas com quem estava de manhĂ£ Ă  noite e sĂ³ nĂ£o nos vĂ­amos qua...

No inĂ­cio do meu primeiro ano universitĂ¡rio conheci pessoas fantĂ¡sticas. Pessoas com quem estava de manhĂ£ Ă  noite e sĂ³ nĂ£o nos vĂ­amos quando Ă­amos dormir. SaĂ­amos de casa juntos, chegĂ¡vamos a casa juntos. GostĂ¡vamos uns dos outros, preocupĂ¡vamo-nos uns com os outros (muito!), estĂ¡vamos sempre prontos a ajudar, fazĂ­amos diretas ou pouco dormĂ­amos para tirar dĂºvidas a quem precisasse, entre muitas outras coisas. Eramos amigos. No entanto, desde dia 30 de junho que nĂ£o estou nem falo com eles - porque todos nĂ³s somos de cidades diferentes - e nĂ£o sinto qualquer saudade. E, muito sinceramente, acho que nĂ£o vou sentir…
Pergunto-me se haverĂ¡ alguma coisa de errado comigo.

Aquele momento em que eu estou no ginĂ¡sio, na minha pausa entre sĂ©ries, e, sem querer, olho para o espelho. Eu acho que fiquei tĂ£o de boc...

Aquele momento em que eu estou no ginĂ¡sio, na minha pausa entre sĂ©ries, e, sem querer, olho para o espelho. Eu acho que fiquei tĂ£o de boca aberta que disse “fogo, sou mesmo branca!” e o monitor deve ter vindo Ă quela sala de propĂ³sito para dizer “pois Ă©s, Ava!”. Mas, mesmo assim, nĂ£o pensem que me veem na praia!

Acordo todos os dias com uma enorme vontade de te abraçar e dizer que estou tĂ£o orgulhosa de ti, por todos os motivos e mais alguns.

Acordo todos os dias com uma enorme vontade de te abraçar e dizer que estou tĂ£o orgulhosa de ti, por todos os motivos e mais alguns.

SĂ³ me apetece espetar com a cabeça de certas pessoas na parede… over and over again!

SĂ³ me apetece espetar com a cabeça de certas pessoas na parede… over and over again!

... toda a gente triste/desiludida/deprimida chega a um certo ponto em que nĂ£o consegue esconder mais o quĂ£o destruĂ­das estĂ£o por dentr...

... toda a gente triste/desiludida/deprimida chega a um certo ponto em que nĂ£o consegue esconder mais o quĂ£o destruĂ­das estĂ£o por dentro, e continuar a fingir que estĂ¡ tudo bem. AtĂ© mesmo as mais fortes.

És das pessoas mais fortes que alguma vez conheci. Quando começamos a falar nĂ£o sabia lidar contigo porque eras tĂ£o fria, tĂ£o reserv...

És das pessoas mais fortes que alguma vez conheci. Quando começamos a falar nĂ£o sabia lidar contigo porque eras tĂ£o fria, tĂ£o reservada, tĂ£o dona de ti mesma, tĂ£o orgulhosa, tĂ£o inteligente, tĂ£o cuidadosa, tĂ£o desconfiada. Mas com o tempo fui derrubando essa tua barreira, mesmo que inconscientemente. E, aos poucos e poucos, deixaste-me entrar na tua vida e nunca mais quiseste que saĂ­sse. NĂ£o deixarias que isso acontecesse. E mesmo depois disso eu continuava sem saber o que fazer quando falavas dos teus pais ou da tua irmĂ£ e da forma cruel como perdeste todos eles, toda a tua famĂ­lia. Estavas sozinha, literalmente sozinha e por tua conta. Trabalhavas, estudavas e sustentavas-te sem qualquer ajuda… tinhas tu 18 anos. Conheci-te nos teus 19 anos, hĂ¡ cinco anos atrĂ¡s, nos meus 13 anos. E mudaste tanta coisa em mim, tornaste-me numa pessoa melhor… mesmo sem intenĂ§Ă£o de tal porque gostavas de mim tal e qual como eu era. Fizeste-me crescer tanto e, em troca, eu fiz de ti a pessoa mais feliz que podias ser… mesmo com todo o sofrimento por que passaste. Mas sĂ³ consegui acreditar que tinha conseguido isso uns anos depois. Sendo tu como eras foi uma conquista ter conseguido fazer parte da tua vida da forma que fiz. NĂ£o foi uma amizade de muitos anos, mas foi vivida de uma forma tĂ£o intensa que poderia valer por umas dĂ©cadas. Assim como eu fui a tua primeira e Ăºnica amiga, tambĂ©m tu foste a minha primeira e Ăºnica amiga. Ainda o Ă©s, ninguĂ©m consegue tirar-te esse lugar… por muito que tentem! Porque tu eras especial, eras tĂ£o diferente de todos e sempre conseguiste fascinar-me sĂ³ por seres tu, por seres tĂ£o perfeita. TĂ£o minha.
E hoje Ă© sĂ³ mais um dia em que eu desejo que nunca tivesses ido embora, sem eu saber para onde.

Frank : My name is Frank. That's not important. The important question is: who are you? America has become a cruel and vicious place...

Frank: My name is Frank. That's not important. The important question is: who are you? America has become a cruel and vicious place. We reward the shallowest, the dumbest, the meanest and the loudest. We no longer have any common sense of decency. No sense of shame. There is no right and wrong. The worst qualities in people are looked up to and celebrated. Lying and spreading fear is fine as long as you make money doing it. We've become a nation of slogan-saying, bile-spewing hatemongers. We've lost our kindness. We've lost our soul. What have we become? We take the weakest in our society, we hold them up to be ridiculed, laughed at for our sport and entertainment. Laughed at to the point, where they would literally rather kill themselves than live with us anymore.

Ser pessoa é sobreviver a cada noite por muito escura e silenciosa que seja. É fazer a nossa vida sem nos sentirmos excluídos ou riscad...

Ser pessoa Ă© sobreviver a cada noite por muito escura e silenciosa que seja. É fazer a nossa vida sem nos sentirmos excluĂ­dos ou riscados, saber quem sĂ£o os nossos amigos e excluir o resto. Dar o tudo por tudo e nunca ligar Ă quilo que os outros dizem quando estĂ£o no nosso caminho. Ser pessoa Ă© viver o agora e sermos nĂ³s mesmos, mesmo que isso nĂ£o seja bom o suficiente para os outros. É deixar de ser uma face da multidĂ£o e cantar uma mĂºsica como sĂ³ nos sabemos. Ser pessoa Ă© marchar fora de tempo. É ser uma mente que mesmo cegada pelo silĂªncio de mil corações invejosos consegue brilhar no escuro. É ir para a esquerda quando todos escolhem a direita. É escolher diversĂ£o e amigos quando todos escolhem fama e dinheiro.

Quem muito se ausenta um dia deixa de fazer falta. JĂ¡ ouvi isto mais vezes do que queria, e atĂ© jĂ¡ estive quase para aceitar a veraci...

Quem muito se ausenta um dia deixa de fazer falta.
JĂ¡ ouvi isto mais vezes do que queria, e atĂ© jĂ¡ estive quase para aceitar a veracidade disto. Mas, para mim, nĂ£o hĂ¡ qualquer veracidade. Quem muito se ausenta um dia deixa de fazer falta? NĂ£o, nĂ£o Ă© bem assim… para mim nĂ£o Ă©. Se fosse assim tĂ£o fĂ¡cil, nĂ£o haveria pessoas que jĂ¡ nĂ£o fazem parte da nossa vida e que, no entanto, nos fazem falta... e sentimos falta delas muitas e muitas vezes! Mas alguĂ©m Ă© capaz de esquecer a pessoa que nos fez sentir tĂ£o especial, como mais ninguĂ©m conseguiu fazer? Mas alguĂ©m consegue esquecer aquela pessoa que nos marcou de uma forma incrĂ­vel? Mas alguĂ©m consegue esquecer as pessoas que nos fizeram crescer, que fizeram de nĂ³s as pessoas que somos hoje, que nos fizeram sentir as pessoas mais sortudas e felizes do mundo? NĂ£o acredito que consigamos. Nem a pessoa com um cubo de gelo no lugar do coraĂ§Ă£o consegue. NĂ£o esquecemos e atĂ© podemos ter aceite que a tal pessoa jĂ¡ nĂ£o faça parte da nossa vida, mas a verdade Ă© que, pelo menos de vez em quando, vamos querer que volte… vamos sentir falta!
Eu vou ao cemitĂ©rio vĂ¡rias e vĂ¡rias vezes, e vou visitar sempre o meu irmĂ£o! E ele jĂ¡ nĂ£o faz parte da minha vida hĂ¡ uns anos! Ausentou-se, foi-se embora! E Ă© por isso que deixou de fazer falta? NĂ£o, nĂ£o Ă© assim que funciona – para mim nĂ£o Ă©. E eu recuso-me a acreditar que haja qualquer tipo de sentido nesta frase… independentemente do que a pessoa tenha sido para nĂ³s: familiar, amiga(o), namorado(a); e seja ela qual for a razĂ£o que nos afastou.

Fico com lĂ¡grimas nos olhos se vir alguĂ©m de quem gosto a chorar.

Fico com lĂ¡grimas nos olhos se vir alguĂ©m de quem gosto a chorar.

Some years ago… Ava: O que raio Ă© que eu sei fazer? Lilith: Uma coisa que nĂ£o deverias. Ava: Bem, vou para a cama. Lilith: NĂ£...

Some years ago…
Ava: O que raio Ă© que eu sei fazer?
Lilith: Uma coisa que nĂ£o deverias.
Ava: Bem, vou para a cama.
Lilith: NĂ£o. Tu fizeste com que eu ficasse.
Ava: NĂ£o, nĂ£o fiz. Eu disse que falĂ¡vamos noutro dia.
Lilith. NĂ£o Ă© isso. NĂ£o Ă© ficar no MSN. Tu fizeste com que eu “nĂ£o partisse” sem avisar.
Ava: E porquĂª isso agora?
Lilith: Porque foi das melhores coisas que alguĂ©m fez por mim. Apesar de ser contra a minha vontade, eu fiquei. Porque gosto imenso de ti e nĂ£o consigo partir sabendo que ficas cĂ¡ magoada.

E agora pergunto-te por onde andas e o porquĂª de teres partido assim, sem avisar. Logo tu, que eras a pessoa mais verdadeira e honesta que podia haver e, mesmo assim, depois de teres dito que nĂ£o ias embora, foste. Logo tu, que sabias que eu ia morrer um bocadinho por dentro sĂ³ de saber que nunca mais falaria contigo. Logo tu, que me conhecias o suficiente para saber que eu precisava de saber o porquĂª. Logo tu, que sabias que eras a minha Ăºnica amiga e aquela que me ensinou o verdadeiro sentido da palavra “amizade”, como me disseste tantas vezes. Logo tu... que cumprias tudo o que prometias.
I’m still waiting for you. I always will.

  Perdi conta Ă s vezes que me deitei na cama, de fones nos ouvidos, a chorar. Nem a mĂºsica, que sempre fez milagres, me ajudou. Atingi nĂ­...

 
Perdi conta Ă s vezes que me deitei na cama, de fones nos ouvidos, a chorar. Nem a mĂºsica, que sempre fez milagres, me ajudou. Atingi nĂ­veis de depressĂ£o impensĂ¡veis, chegando ao ponto de qualquer coisa me irritar ou deitar abaixo. Posso dizer que foi a pior altura da minha vida.
Sei perfeitamente que sempre guardei tudo para mim, nĂ£o falava com ninguĂ©m, todos os meus problemas eram meus e apenas eu os conhecia de cor. Diz-se por aĂ­ que se deve desabafar - e atĂ© concordo -, mas eu nĂ£o o fazia. A verdade Ă© que ninguĂ©m ia perceber, ninguĂ©m mesmo, e eu tinha – e ainda tenho – a certeza disso. Para quĂª tentar partilhar alguma coisa que era tĂ£o minha, sabendo que ia estar apenas a perder tempo, porque alĂ©m de nĂ£o perceberem eu ia sentir-me ainda pior por dizer? Por isso, guardei para mim algo que aconteceu, e uns anos depois decidi contar a duas pessoas que me eram mais prĂ³ximas. Se me senti melhor? NĂ£o, nem pensar. Se me ajudou? NĂ£o, em nada. Se senti vergonha? Sim, claro que sim. Se me perceberam? NĂ£o, disseram que podia ter feito algo que na altura, para mim, era impensĂ¡vel fazer. NĂ£o Ă© incrĂ­vel o quanto o medo nos impede de ser racionais?
Fui-me habituando a deixar para mim o que Ă© meu, e ter-me habituado foi a pior coisa que aconteceu. Ainda hoje sou assim, e sĂ³ eu sei o mal que me faz. Acumulo problemas, momentos maus, palavras que magoaram e o mal que cada pessoa jĂ¡ me fez. A verdade Ă© que as pessoas devem ter um certo prazer em ultrapassar os meus limites, em fazer-me sentir mal, em irritar-me. E eu nĂ£o esqueço nada, infelizmente. Sei bem que este acumular de coisas pode reacender aquela pequena chama que ainda tenho, aquela que me farĂ¡ atingir nĂ­veis de depressĂ£o impensĂ¡veis outra vez. Mesmo assim, nĂ£o consigo… nĂ£o consigo desabafar, nĂ£o consigo dizer tudo o que sinto, nĂ£o consigo libertar tudo o que estĂ¡ aqui preso, mas tenho tentado mudar isto. E tenho muito - mesmo muito -, trabalho pela frente. Mas tambĂ©m tenho a pessoa mais maravilhosa do mundo a meu lado, e ele tem ajudado nisto tudo – mesmo que, por vezes, nĂ£o o saiba.

Sinto-me uma sortuda quando deixo a chave do aloquete no balneĂ¡rio do ginĂ¡sio e a entregam ao monitor, sem sequer abrir o meu cacifo. E, ...

Sinto-me uma sortuda quando deixo a chave do aloquete no balneĂ¡rio do ginĂ¡sio e a entregam ao monitor, sem sequer abrir o meu cacifo. E, no mesmo dia, perco a carteira num supermercado e a entregam ao segurança, intacta!

Red Stevens : Our lives should be lived not avoiding problems but welcoming them as challenges that will strengthen us so that we can be...

Red Stevens: Our lives should be lived not avoiding problems but welcoming them as challenges that will strengthen us so that we can be victorious in the future.

É engraçado como “olĂ¡” vem sempre acompanhado com “adeus”, Ă© engraçado como as boas memĂ³rias acabam por nos deixar a chorar, Ă© engraçad...

É engraçado como “olĂ¡” vem sempre acompanhado com “adeus”, Ă© engraçado como as boas memĂ³rias acabam por nos deixar a chorar, Ă© engraçado como o “para sempre” nunca parece durar, Ă© engraçado como as pessoas mudam e pensam que estĂ£o muito melhor, Ă© engraçado como tantas mentiras podem ser empacotadas numa cara simpĂ¡tica, Ă© engraçado as pessoas perdoarem mas nĂ£o esquecerem, Ă© engraçado como um dia pode mudar a vida de uma criança, Ă© engraçado a ironia em que se pode transformar uma vida, mas o mais engraçado de tudo Ă© que nada disto Ă© engraçado para mim.

NĂ£o gosto de crescer. Na verdade, odeio. Tenho 18 anos, mas preferia ter ficado nos 17 para sempre. NĂ£o gosto de sentir que os anos est...

NĂ£o gosto de crescer. Na verdade, odeio. Tenho 18 anos, mas preferia ter ficado nos 17 para sempre. NĂ£o gosto de sentir que os anos estĂ£o a passar por mim a uma velocidade extrema, sem eu querer que isso aconteça.
Tenho – e sempre tive – uma certa dificuldade a lidar com esta minha mania de nĂ£o querer enfrentar o mundo dos adultos. Lembro-me de ser pequenina e querer ter 18 anos para fazer isto e aquilo mas, Ă  medida que fui crescendo, fui perdendo essa vontade. E porquĂª? Porque vi que o mundo dos adultos nĂ£o Ă© como eu pensava. NĂ£o Ă© simples, Ă© complicado. Mas nĂ£o foi isso que criou todo este medo. Foi ver que todos Ă  minha volta tinham uma vida monĂ³tona: acordavam cedo, iam trabalhar, voltavam para casa, iam dormir e de manhĂ£ cedo começava a rotina.
Eu quero ter uma famĂ­lia, quero ter um emprego, quero destas coisas de adultos. Mas nĂ£o quero acordar todos os dias a saber que vou repetir uma rotina que odeio no dia seguinte. NĂ£o quero ter um emprego qualquer durante anos seguidos para, no fim, ter a minha reforma e nĂ£o a aproveitar por tĂ£o desgastada que estou – fĂ­sica e psicologicamente. Quero um emprego pelo qual me apaixone, pelo qual terei vontade de acordar e ir trabalhar, pelo qual me sinta triste por jĂ¡ nĂ£o o poder exercer.
Tenho maturidade, tenho responsabilidades, tenho mil e uma coisas para fazer e nĂ£o me importo. Mas continuo a fugir a sete pĂ©s do mundo adulto, porque nĂ£o me agrada. NĂ£o Ă© sĂ³ a monotonia que vejo Ă  minha volta, Ă© de tudo um pouco. Parecem todos tĂ£o tristes, tĂ£o desesperados, tĂ£o cansados, tĂ£o chateados com a vida. Ou entĂ£o tenho vivido na parte errada do mundo e os adultos sĂ£o as pessoas mais felizes fora daqui.

  Invejo aquelas pessoas que comem e comem e comem – coisas nada saudĂ¡veis! –, nĂ£o fazem qualquer tipo de exercĂ­cio fĂ­sico e nĂ£o ganham p...

 
Invejo aquelas pessoas que comem e comem e comem – coisas nada saudĂ¡veis! –, nĂ£o fazem qualquer tipo de exercĂ­cio fĂ­sico e nĂ£o ganham peso! E depois hĂ¡ aqui a Ava, toda preocupada porque se come mais do que devia começa logo a crescer para os lados! E eu preciso Ă© de altura!

 … hĂ¡ pessoas estĂºpidas quando se vĂª uma mulher a deitar lixo para o chĂ£o tendo um caixote a 2 metros de si.

 … hĂ¡ pessoas estĂºpidas quando se vĂª uma mulher a deitar lixo para o chĂ£o tendo um caixote a 2 metros de si.

Dia 30 de junho terminou o meu primeiro ano da faculdade. Este primeiro ano em Biologia fez com que me apaixonasse ainda mais por cada ti...

Dia 30 de junho terminou o meu primeiro ano da faculdade. Este primeiro ano em Biologia fez com que me apaixonasse ainda mais por cada tipo de vida que por aĂ­ existe – vegetal e animal.
Fui para uma cidade onde nunca tinha estado, nĂ£o conhecia ninguĂ©m e, pela primeira vez, nĂ£o tinha os meus pais perto de mim. NĂ£o fiz daquilo um bicho-de-sete-cabeças, ao contrĂ¡rio de muita gente, porque jĂ¡ ia preparada e mentalizada de que aquela seria uma cidade nova, uma vida nova e pessoas novas. Depois de ter andado completamente perdida imensas vezes, jĂ¡ conhecia a cidade. Depois de ver o que gastava em alimentaĂ§Ă£o, por semana, jĂ¡ fazia as minhas contas e punha sempre algum dinheiro de lado para emergĂªncias. Depois de jĂ¡ conhecer as caras novas, comecei a conhecer as personalidades e, aos poucos e poucos, fui fazendo amigos e inimigos – nĂ£o seria a Ava se nĂ£o tivesse pessoas que me quisessem ver pelas costas.
Neste primeiro ano dei tudo o que tinha e o que nĂ£o tinha, esforcei-me ao mĂ¡ximo e atingi nĂ­veis que pensava serem impossĂ­veis. Pensei em desistir de uns quantos cadeirões e “deixar para exame”, mas isso nĂ£o faz parte de mim por isso nĂ£o o fiz. Esgotei as minhas energias e passei a tudo. Estive envolvida no Falar Bio - que Ă© um canal universitĂ¡rio da UTAD TV -, preparei entrevistas, dei entrevistas, usei muito do meu tempo para dar continuaĂ§Ă£o ao canal e, no fim, acabei por deixar o grupo por causa disto.
Se houve pessoas que eu preferia nĂ£o saber que existem, tambĂ©m houve aquelas de que me orgulho ter conhecido. Se houve pessoas para quem nunca mais quero falar, tambĂ©m houve aquelas que pretendo guardar para sempre no coraĂ§Ă£o. Se houve pessoas que me deixaram completamente indiferente, tambĂ©m houve aquelas de quem nunca me vou esquecer. Se houve pessoas que me desiludiram, deitaram abaixo e passaram por cima de mim, tambĂ©m houve aquelas que me deram a mĂ£o, me ajudaram a levantar e ficaram sempre do meu lado.
Este primeiro ano na faculdade foi bastante atribulado, com os seus altos e baixos. No entanto, posso dizer que foi dos anos mais felizes da minha vida! Foi o ano em que vi os meus limites serem postos Ă  prova, foi um ano repleto de aprendizagens e fez-me crescer imenso – clichĂ©, eu sei. E, apesar de Ă s vezes estar em baixo e super cansada, sentia-me sempre feliz.

Biologia 2014/2015.

NĂ£o hĂ¡ muito para dizer sobre junho. Foi mĂªs de exames, mas fui vĂ­tima de apenas trĂªs – nĂ£o posso queixar-me muito. Estudei imenso mas,...

NĂ£o hĂ¡ muito para dizer sobre junho. Foi mĂªs de exames, mas fui vĂ­tima de apenas trĂªs – nĂ£o posso queixar-me muito. Estudei imenso mas, mesmo assim, senti que as notas podiam ter sido muito melhores. Em junho dei por terminado o meu primeiro ano da faculdade, e nĂ£o podia estar mais contente por ter conseguido. Em junho criei uma nova amizade e afastei-me de umas quantas outras que estavam a mexer com a minha sanidade mental de uma forma incrĂ­vel. Junho foi o mĂªs em que decidi cuidar mais de mim. Foi mĂªs de me inscrever no ginĂ¡sio e tratar de perder umas gramas (ou muito mais do que isso) que ganhei. Junho foi mĂªs de me chatear com as temperaturas exageradamente altas. Foi o mĂªs em que ajudei pessoas a estudar para os exames nacionais, e senti que fui alguĂ©m de quem eu precisava nesta altura. Em junho fui mais ativa no blog e adorei a experiĂªncia, atĂ© porque jĂ¡ nĂ£o sabia o que isto era hĂ¡ uns anitos. Foi mĂªs de remobiliar completamente o meu quarto. Em junho nĂ£o foi o mĂªs em que me habituei a escrever os meses com letra minĂºscula, de acordo com o acordo ortogrĂ¡fico.
Junho teve os seus pontos baixos, devido aos exames e, em parte, a mĂ¡s recordações. NĂ£o me lembro de nenhum ponto que tenha compensado os piores. Espero que Julho seja melhorzinho para mim, sei que mereço.

Raramente adormeço cedo, Ă© quase sempre por volta das 2h ou 3h da manhĂ£ ou atĂ© mais tarde.

Raramente adormeço cedo, Ă© quase sempre por volta das 2h ou 3h da manhĂ£ ou atĂ© mais tarde.